A luta da Educação Pública
está de pé!
Encontro Nacional define plataforma de lutas em defesa da Educação Publica!
Há uma semana, nos dias 08, 09 e 10 de agosto, mais de dois mil representantes de movimentos sociais, sindicais e populares de todo o país debateram os rumos da Educação Pública no Brasil.
Os
gritos uníssonos de “10% do PIB para a Educação Pública, Já” marcaram o
término do Encontro Nacional de Educação (ENE), realizado no Rio de
Janeiro, no final de semana de 8 a 10 de 2014. Durante três dias, mais de dois
mil participantes, vindo de todas as regiões do Brasil, se reuniram no
Rio para discutir ações de luta em resposta ao processo de
aprofundamento da precarização e mercantilização da educação pública.
A
plenária de encerramento do ENE teve início com a leitura dos
resultados dos Grupos de Discussão (GD's), realizados durante a tarde de
sábado (09/08), e apresentados pelos relatores. Todas as propostas apresentadas
serão incluídas nos ANAIS DO ENCONTRO e servirão de base para as
discussões dos próximos encontros e debates. Segundo informe da mesa,
coordenada por Paulo Rizzo, diretor do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), após o ENE será
elaborada uma CARTILHA com a plataforma de lutas em defesa da educação
apontadas pelo encontro.
Moções
de apoio à luta dos trabalhadores da educação no México, ao povo
palestino, à greve das universidades estaduais de São Paulo, que no dia 10 de agosto completa 75 dias, à greve dos trabalhadores da educação do
Piauí, contra a criminalização dos movimentos sociais, entre outras,
foram apresentadas durante a plenária final do ENE. E ao
final, foi feita a leitura da CARTA DO RIO DE JANEIRO, manifesto do
Encontro Nacional de Educação, que traz a sistematização dos sete eixos
que nortearam os debates tanto do evento nacional quanto dos encontros
preparatórios, realizados no primeiro semestre de 2014. No documento,
aclamado pela plenária, os participantes indicaram a constituição de
comitês estaduai em defesa da escola pública; a realização, nos
estados, na segunda quinzena de outubro, de um dia de luta em defesa da
educação pública; e a realização, em 2016, do II Encontro Nacional de
Educação, precedido de encontros estaduais.
Para
Samantha Lopes, coordenadora-geral do SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores da Educação da Rede Federal de Educação Básica, Técnica e Tecnológica), que fez a leitura do
manifesto o documento inaugura um novo marco de aglutinação dos
trabalhadores da educação e dos estudantes na perspectiva de pautar a
construção de um projeto de educação construído pelos trabalhadores e
para os trabalhadores. “Agora é dar continuidade nesse espaço de unidade
e começar a materializar um projeto de educação do povo brasileiro,
construído nesses moldes”, apontou. E na
avaliação de Paulo Rizzo, do ANDES-SN, o ENE foi, em todos os sentidos, uma vitória! Porque é resultado de um processo de discussão que envolveu milhares de
pessoas pelo Brasil afora, sobretudo no último mês, debatendo as
demandas da escola pública, buscando se contrapor às lógicas
privatizantes da educação no país.
“Ao
reunir mais de duas mil pessoas, dois mil lutadores em defesa da
educação pública, o encontro teve uma unidade muito grande nas
discussões e expressou maturidade na aglutinação de forças. Foi um
espaço de unidade na ação, no qual as divergências existem, mas são
trabalhadas, e se priorizou o que é unitário para construir o
enfrentamento às políticas governamentais e à visão privada da educação.
Creio que, a partir de agora, vamos ter a possibilidade de repercutir
muito mais as lutas em defesa da educação pública, gratuita, de
qualidade, laica e socialmente referenciada”, destacou o coordenador da
mesa da plenária final do ENE.
MAIS RELATOS SOBRE O ENE!
Mesa de Abertura
Unificar as lutas para barrar a mercantilização da Educação!
Inclusive internacionalmente! Esta foi a síntese da mesa que debateu "Conjuntura, lutas sociais e educação", na abertura do Encontro Nacional
no sábado (09/08).
A
conferência que abriu os trabalhos do Encontro Nacional de Educação
(ENE), no sábado (9), pela manhã tinha como objetivo subsidiar os grupos
de debates que aconteceriam à tarde. A mesa com o tema “Conjuntura,
lutas sociais e educação” foi composta pela professora mexicana Maria
Luz Arriaga, pelo professor do Instituto Federal de São Paulo, Valério
Arcary, e pelo professor da UFRJ, Roberto Leher.
A mediação feita pela presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, elencou os eixos centrais que permeariam a mesa e todas as discussões do Encontro: privatização e mercantilização, financiamento, precarização das condições de trabalho, acesso e permanência, democratização da educação, passe livre e transporte público. “Esse Encontro foi aprovado nas entidades nacionais e a partir das discussões e acúmulos feitos pela base. O nosso objetivo central e construir a unidade com os movimentos populares em defesa da educação pública”, disse Marinalva.
Ataque é internacional, as lutas também são. A professora Mariluz Arraiga, da Universidad Nacional Autónoma de Mexico (UNAM) chamou de “tsunami neoliberal” a série de contrarreformas impostas à educação, como os critérios de produtividade e “qualidade” impostos pelas empresas que ganham cada vez mais espaço no ramo educacional. “Está em jogo o que conhecemos como educação pública e a continuidade da nossa profissão como professores e professoras. Querem nos roubar conceitos fundamentais. Temos que trabalhar coletivamente”, ressaltou.
Segundo a professora, a educação na última década tem sido vista como negócio em várias partes do mundo. Os ataques recorrentes à educação e a movimentos que se opõem à mercantilização da educação têm dois claros objetivos: “Primeiro, porque é um grande negócio. E depois porque necessitam se apropriar dos valores que temos para expandirem a agenda do capital”, alega.
A professora que integra a coalizão internacional em defesa da educação pública da qual participam estudantes, professores e representantes sindicais do México, EUA e Canadá, frisou que diante de tais ataques a defesa da educação pública é tarefa de professores, estudantes e de todos os trabalhadores da educação. “Por isso, este encontro é estratégico”. De acordo com Mariluz, o desafio é encontrar meios de atuar localmente, mas em uma perspectiva internacional, avançando na constituição de um plano de lutas com uma agenda definida. Sobretudo neste momento de criminalização dos movimentos sociais. “Para isto”, diz a docente, “se faz urgente e necessária a unificação das lutas”.
Novo patamar de mobilização. O professor Roberto Leher, da Faculdade de Educação da UFRJ, traçou um perfil dos novos setores que operam na educação. De acordo com o docente, os objetivos desses grupos são classistas: “Há um entendimento de que a educação é necessária para socializar as novas gerações, de maneira que os indivíduos entendam que a sociedade é um organismo, onde alguns são braços e pernas. Os que serão o cérebro desse organismo receberão outra educação. Este é o primeiro objetivo, diferenciar a educação entre quem manda e quem executa. É uma ação de classe”.
O
segundo objetivo, para Leher, seria o de converter a educação em uma
atividade de serviço, “uma nova fronteira para o capital”. “A principal
ofensiva dos setores dominantes foi exatamente no campo da educação,
atualmente corporações financeiras estão assumindo o controle da
educação. O grupo Kroton domina 1,5 milhão de estudantes – mais do que
as 60 universidades federais do país juntas”. O
terceiro eixo é difundir para a sociedade que este projeto de educação é
para todos, não deixando transparecer que é somente para poucos. O
Encontro Nacional de Educação, para Roberto Leher, demonstra que
estamos no momento de construirmos nosso próprio projeto de educação e é
preciso unir esforços com essa perspectiva. Vamos começar a dar
materialidade a esse novo marco da educação pública”, finalizou.
Ações do Banco Mundial. Valério
Arcary, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), chamou a atenção para
as ações globalizadas de ataques à educação e aos trabalhadores. “O
vocabulário é o mesmo em todo o mundo: meritocracia, produtividade,
avaliações constantes. É um pacote do Banco Mundial que está sendo
implementado. A diferença está apenas na velocidade em que esses pacotes
se desenvolvem nos diferentes lugares”. Arcary
afirmou, ainda, que há uma disputa ideológica em jogo e que é preciso que os
movimentos sociais organizados entrem nessa disputa: “Os governantes
responsabilizam a população pelos fracassos dos serviços essenciais. É
como se os governantes fossem iluminados e que o povo não prestasse.
Isto é uma guerra ideológica. Podemos ganhá-la, mas é preciso fazê-la.
Caso contrário, nossa juventude vai assimilar o discurso opressor e
achará que a responsabilidade pelos fracassos é individual, quando
sabemos que é um problema social”.
Ele conclamou os presentes a somarem esforços para transformar essas ideias em ação. “Nosso princípio deve ser muito objetivo e claro: nenhum centavo de dinheiro público para a educação privada”, sentenciou.
Saudações internacionais. O Secretário Geral do Sindicato dos Professores da Palestina, Ahmad Anees Sihwil, saudou os participantes e se disse emocionado com as manifestações de apoio ao povo palestino. “Vou levar esse recado ao meu povo e isso nos dará forças para continuar lutando”, comentou, emocionado com a bandeira palestina que teve lugar de destaque na mesa de abertura do ENE.
Nara Cladeira, representante do SUD (Sindicato Unitário da Educação), entidade francesa de trabalhadores da área da Educação, ligada à União Sindical de Solidariedade, o Solidaires, destacou a importância do encontro, principalmente num momento em que a educação em todo o mundo sofre com o processo de mercantilização e exploração extrema do capital, por isso “esperamos que na segunda-feira [quando acontece a reunião internacional] tenhamos condições de propor uma luta concreta”, reforçou. Por fim, tanto Ahmad quanto Nara participaram como convidados do ENE e, na segunda-feira (11), estarão presentes na reunião internacional que debaterá a unificação e internacionalização da luta em defesa da educação.
Grupos de Discussão foram a marca do Encontro! Além da Plenária com Mesa de Abertura e debate, a marca do encontro foi, na verdade, as discussões em grupo (veja outras fotos mais acima). Os milhares de estudantes, professores, funcionários e trabalhadores em geral se dividiram por tema em mais de uma dezena de grupos. Com esta organização horizontal, foi permitida a expressão das vozes das lutas da educação: relatos das situações que a classe trabalhadora enfrenta na escola; relatos das inúmeras greves e lutas pelo país; discussões sobre os projetos educacionais em curso ou em disputa no Brasil, nos estados e municípios; o esforço de debate e síntese para um programa e um plano de lutas efetivo... Foi dos grupos que saíram as sínteses e propostas acumulados pelo ENE! Vamos à luta!
Mais
de 2 mil manifestantes ocuparam as ruas do Rio de Janeiro, nesta
sexta-feira (08), na marcha em defesa da educação pública, laica e de
qualidade. O ato marcou o início do Encontro Nacional de Educação (ENE).
A atividade reúne até domingo (10) representantes de diversos
movimentos sindicais, sociais e populares, de todo o Brasil, que militam
em defesa da educação pública. As vozes que ecoaram entre a Candelária e
a Cinelândia denunciaram o descaso dos governos estaduais e federal com
a atual política educacional do país.
A mediação feita pela presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, elencou os eixos centrais que permeariam a mesa e todas as discussões do Encontro: privatização e mercantilização, financiamento, precarização das condições de trabalho, acesso e permanência, democratização da educação, passe livre e transporte público. “Esse Encontro foi aprovado nas entidades nacionais e a partir das discussões e acúmulos feitos pela base. O nosso objetivo central e construir a unidade com os movimentos populares em defesa da educação pública”, disse Marinalva.
Ataque é internacional, as lutas também são. A professora Mariluz Arraiga, da Universidad Nacional Autónoma de Mexico (UNAM) chamou de “tsunami neoliberal” a série de contrarreformas impostas à educação, como os critérios de produtividade e “qualidade” impostos pelas empresas que ganham cada vez mais espaço no ramo educacional. “Está em jogo o que conhecemos como educação pública e a continuidade da nossa profissão como professores e professoras. Querem nos roubar conceitos fundamentais. Temos que trabalhar coletivamente”, ressaltou.
Segundo a professora, a educação na última década tem sido vista como negócio em várias partes do mundo. Os ataques recorrentes à educação e a movimentos que se opõem à mercantilização da educação têm dois claros objetivos: “Primeiro, porque é um grande negócio. E depois porque necessitam se apropriar dos valores que temos para expandirem a agenda do capital”, alega.
A professora que integra a coalizão internacional em defesa da educação pública da qual participam estudantes, professores e representantes sindicais do México, EUA e Canadá, frisou que diante de tais ataques a defesa da educação pública é tarefa de professores, estudantes e de todos os trabalhadores da educação. “Por isso, este encontro é estratégico”. De acordo com Mariluz, o desafio é encontrar meios de atuar localmente, mas em uma perspectiva internacional, avançando na constituição de um plano de lutas com uma agenda definida. Sobretudo neste momento de criminalização dos movimentos sociais. “Para isto”, diz a docente, “se faz urgente e necessária a unificação das lutas”.
Novo patamar de mobilização. O professor Roberto Leher, da Faculdade de Educação da UFRJ, traçou um perfil dos novos setores que operam na educação. De acordo com o docente, os objetivos desses grupos são classistas: “Há um entendimento de que a educação é necessária para socializar as novas gerações, de maneira que os indivíduos entendam que a sociedade é um organismo, onde alguns são braços e pernas. Os que serão o cérebro desse organismo receberão outra educação. Este é o primeiro objetivo, diferenciar a educação entre quem manda e quem executa. É uma ação de classe”.
Ele conclamou os presentes a somarem esforços para transformar essas ideias em ação. “Nosso princípio deve ser muito objetivo e claro: nenhum centavo de dinheiro público para a educação privada”, sentenciou.
Saudações internacionais. O Secretário Geral do Sindicato dos Professores da Palestina, Ahmad Anees Sihwil, saudou os participantes e se disse emocionado com as manifestações de apoio ao povo palestino. “Vou levar esse recado ao meu povo e isso nos dará forças para continuar lutando”, comentou, emocionado com a bandeira palestina que teve lugar de destaque na mesa de abertura do ENE.
Nara Cladeira, representante do SUD (Sindicato Unitário da Educação), entidade francesa de trabalhadores da área da Educação, ligada à União Sindical de Solidariedade, o Solidaires, destacou a importância do encontro, principalmente num momento em que a educação em todo o mundo sofre com o processo de mercantilização e exploração extrema do capital, por isso “esperamos que na segunda-feira [quando acontece a reunião internacional] tenhamos condições de propor uma luta concreta”, reforçou. Por fim, tanto Ahmad quanto Nara participaram como convidados do ENE e, na segunda-feira (11), estarão presentes na reunião internacional que debaterá a unificação e internacionalização da luta em defesa da educação.
Grupos de Discussão foram a marca do Encontro! Além da Plenária com Mesa de Abertura e debate, a marca do encontro foi, na verdade, as discussões em grupo (veja outras fotos mais acima). Os milhares de estudantes, professores, funcionários e trabalhadores em geral se dividiram por tema em mais de uma dezena de grupos. Com esta organização horizontal, foi permitida a expressão das vozes das lutas da educação: relatos das situações que a classe trabalhadora enfrenta na escola; relatos das inúmeras greves e lutas pelo país; discussões sobre os projetos educacionais em curso ou em disputa no Brasil, nos estados e municípios; o esforço de debate e síntese para um programa e um plano de lutas efetivo... Foi dos grupos que saíram as sínteses e propostas acumulados pelo ENE! Vamos à luta!
Abertura do ENE foi na rua!
Mais de 2 mil pessoas marcharam em defesa da educação pública!
Com
palavras de ordem como “Educação não dá pra esperar, é 10% do PIB já!”,
professores, estudantes, técnicos, funcionários e outras categorias que
atuam no setor da educação, marcaram presença no ato. Com faixas,
cartazes e bandeiras, percorreram a Avenida Rio Branco e receberam apoio
da população por onde passavam. Segundo
os organizadores da atividade, trabalhadores e estudantes do Brasil
inteiro aderiram à atividade e deram ainda mais credibilidade à marcha.
Liderança nacional da CSP-Conlutas, Mauro Puerro, comentou a importância
do ENE na construção da unidade de luta pela educação pública. “Há 15
anos não tínhamos um evento similar. Parte das entidades do setor da
educação, que lutavam por 10% do PIB foram cooptadas pelo governo.
Juntar tantas entidades, desde profissionais do ciclo básico até os que
atuam nas universidades, passando por movimentos sociais e populares,
mostra a força da classe trabalhadora e dessa luta”, declarou Puerro.
Também
representante de uma das entidades organizadoras da marcha, a
presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, fez crítica a propaganda
enganosa do governo federal sobre o Plano Nacional de Educação (PNE).
“Defendemos 10% do PIB já, exclusivamente para a educação pública. O
governo faz um engodo. Fala em 10% do PIB, mas não cita que o recurso
também é destinado às instituições privadas de ensino. Da mesma maneira
também não explica de onde virá o dinheiro. Apenas informa que parte
sairá do pré-sal”, denuncia Marinalva. A
luta contra a precarização do trabalho foi uma das bandeiras
reivindicadas na atividade. Dirigente nacional do SINASEFE, Samanta
Maciel, afirmou ser necessária a atenção especial às péssimas condições
de funcionamento das escolas, que não garantem condições de trabalho aos
profissionais e precarizam o ensino.
A
representante da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel),
Janaína Oliveira, resgatou a história de luta da entidade, “que se
confunde com a luta contra o Reuni”, e denunciou a dificuldade dos
jovens de entrarem nas universidades públicas. “Muitos de nós somos,
principalmente estudantes negros obrigados a estudar nas universidades
privadas onde a educação é tratada como mercadoria. Queremos o acesso à
universidade pública”.
Pela
Esquerda da UNE, Débora Cavalcanti também denunciou a falta de acesso
dos jovens negros e da periferia à universidade e reforçou a importância
da luta pela manutenção dos jovens que entram na universidade. “Além do
acesso, é necessário defender a permanência desses jovens na
universidade, pois muitas vezes o trabalho, a necessidade do sustento da
família impedem que continuem estudando, lhes tirando o direito
fundamental à educação”, disse.
A
dirigente da Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física
(EXNEEF), Caroline Raquel, reafirmou a necessidade da unidade na luta
pela educação pública gratuita e de qualidade. “Somente com a unidade
dos que lutam por essa bandeira, podemos dar uma resposta aos ataques
que vêm sofrendo a educação”.
Segundo
Elernia Sobral, do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), “os
assistentes sociais fazem parte do ENE. Estamos na resistência a esse
governo que legitima a visão de educação como mercadoria. Só a aliança
da classe trabalhadora na luta pode mudar essa situação”.
A
construção da unificação da luta em defesa da educação pública de
qualidade tem abrangência internacional. A ação desta sexta-feira contou
com a participação do secretário geral do Sindicato de Educadores da
Cisjordânia, Ahmad Mohamed, que parabenizou a luta dos professores pela
educação, relatou as dificuldades atuais enfrentadas pelos palestinos e
pediu apoio contra o genocídio cometido pelo exercito de Israel.
Outra
presença internacional marcante foi a da professora Universidade
Autônoma do México, Maria de La Luz Arriaga. A docente falou sobre a
luta de estudantes e professores pela educação pública em seu país.
“Enfrentamos os ataques daqueles que querem transformar a educação em
mercadoria. Lutamos porque sabemos que a educação pública é um direito
social”, afirmou.
Falaram
também Cibele David e Nara Cladeira, duas representantes do SUD
(Sindicato Unitário da Educação), entidade francesa de trabalhadores da
área da Educação, ligada à União Sindical de Solidariedade, o
Solidaires. Estavam
presentes diversas entidades que compõem outras lutas e categorias, mas
que também têm a bandeira pela educação como uma de suas
reivindicações. Entre elas, o SEPE, o MST, o MTST, Fasubra, ASSIBGE-SN e outras. Também saudaram o ENE os candidatos nas eleições dos partidos PCB, Mauro Iasi, PSOL, Luciana Genro e
PSTU, Zé Maria de Almeida.
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